Serão os filhos sempre iguais aos pais ou haverá forma de romper com a tradição? Teremos mesmo de repetir este cansaço que se apoderou de nós ou haverá ainda a capacidade de inovar? Estou sonolento. Foi de dormir muitas horas. Demasiadas. E de repetir mais um dia igual a tantos outros. Os meus braços ficaram moles de não se mexerem e do meu músculo inutilizado cai um punho aberto. A mão não é funcional. O braço é só um apendice estético. Pergunta a filha à mãe: é no qual? onde é que hei-de votar? E mostra-lhe o voto. A mãe abre a boca e sorri. Orgulhosa, repara como a sua filha é tão adulta. Já pode votar. A escolha é uma coisa secundária. A filha é sua. A opção também.
3 comentários:
Isso é triste, quer da perspectiva da mãe, quer da filha. Mais que objectos, são abjectos...
triste, triste é ver a coisa acontecer toda a tua frente.
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