Programamos o dia de amanhã ontem, onde ainda não somos sequer nós. Projectamos o futuro rumo ao inexistente, à fraca forma de visualizar o inexistente, amarrados ao presente que continuamente deixa de existir. É esta a nossa desorganização, a nossa maneira flutuante de ser, deixámos de pisar o chão ao mesmo tempo que não havemos nunca de tirar de lá os nossos pés. Somos estes prisioneiros do nosso tempo de nós outros, somos seres de antigamente sem o não querer ser. O volume paira sobre nós próprios. O corpo é inconstante, intermitente.
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