quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Infinidade

Um chinês enorme sonha com o Manuel Reis. Veste cuecas brancas e chinelos da moda.Fantasia com carpaccio ao fim de tarde e techno minimal ao fazer a digestão no Lux. Das colunas do seu "Oriente Perfeito" sente-se o frio cortante do som do Norte. Não diz sequer um bom dia ao clientes que entram, apenas um seco palrar do preço inflacionado dos seus produtos. Gostaria imenso de ter dinheiro para gastar mas não o tem. Contenta-se em inventar mil e uma maneiras de passar o tempo quando tudo o que realmente tem para fazer é contar os parcos trocos deixados pelos clientes à procura de uma poupança de última hora. "Nunca mais chega o Natal" - pensa para os seus botões de capitalista convertido pela sua viagem ao Ocidente - delirante pelos lucros de tão consumista época. A boca saliva por pecados nocturnos. Tentações...

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