sábado, 19 de outubro de 2024

Labirinto

    Do chuveiro primeiro vem a água fria. Verdade seja dita que jorra por pouco tempo, mas é sempre bom estar alerta, é bom relembrar que também é bom ter companhia, estar bem acompanhado olha, volta, porta quente agrada claro, claro que sim! Toma, pega, agarra, morde! Corredores onde não há frio, porta de vidro vapor, visibilidade zero, aroma a mentol, é bom lembrar, paredes nuas, caminhos escuros, becos sem saída, nada.
    Ecrã gigante em recanto escondido. Convívio livre entre pares.  Banco escorreito corrido. Qualquer coisa que corra mal tenho onde me agarrar. Da fechadura mal soa o alarme. Oferta de chinelos, toalha, Havaianas nada mal, ó filho é só descer as escadas, vai ver que percebe logo, tropeço. O espaço não estaria bem iluminado e tropeço, perco-me. Luzes que piscam, por vezes escuridão, agora claridade? O tato é um sentido poderosíssimo. Sim, a pele, órgão de maior contacto, a memória é que já não… cai a toalha, risota. As duvidas dissipam-se perante tanta excitação. Corredores. O fim engana. Corredores, circular.

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