a) Funeral de Dinis Pombo, meu tio, personalidade utilizada em instalações sobre o psico-drama esquizofrénico em local próprio, que havendo vivido a quase totalidade de sua vida no Hospital Júlio de Matos, morreu enclausurado pela sua própria poesia. Intervenção de Ricardo Pombo terminada com sucesso. Pesquisa sobre o cómico Andy Kaufman adiada. Rivalidades entre famílias pobres e ricas, confusion is sex, a provocação intensa do caos, o nada, Nirvana. Ouvir a missa fúnebre sentado na escadaria exterior da Igreja, CHECK! Afligir-me com o debitar de textos antigos, carregar o caixão, DUPLO-CHECK! O morto espera uma semana pela autópsia e, gajas rabudas encolhem a peida para deixar o caixão passar as portas do cemitério e, arautos da morte destilam cheiro a bagaço debaixo das suas vestes verdes abrindo o caminho até à cova entoando cânticos celestiais.
b) Julgamento sumário no Campus de Justiça do Parque das Nações por ter sido apanhado a conduzir com 1,25 gr de álcool no sangue. Policias magricelas vestidos com calças de cores extravagantes e com bíceps de deixar um gajo todo entesoado aguardam audiências. A julgar pelas tristes figuras, terão pilas finas que nem facas. Lido no metro, no regresso a casa: "Arte não é uma opinião, é um conhecimento."
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