quinta-feira, 12 de julho de 2012


From men and machine...

As grandes máquinas precisam de combustível para gastar. Sem este tornam-se inoperacionais, meros objetos de estimação. Há quem por estas nutra um carinho supra-normal, adotando-as como fetiches. Nestes casos roçam-se contra elas de forma mais sexual do que o habitual, chegando mesmo a ejacular. Há quem ganhe tal gosto por esta forma de masturbação que deixa de ter prazer no acto sexual com outros humanos. Apenas a máquina os excita. Há quem já se tenha debruçado sobre estas formas de Amor, fazendo obras de arte, algumas delas quase extremas. Há até quem tenha adquirido gostos fetichistas sobre estes objectos artísticos, tornando-se um fetiche do próprio fetiche. Há quem goste de se masturbar de formas várias, eu gosto de usar a mão esquerda. Dá-me aquilo a que se denomina pelo “jeito”, sim eu tenho mais “jeito” para me masturbar com a mão esquerda. E nem por isso sou canhoto, ou melhor, esquerdino. Sou um dextro com “jeito” para a masturbação esquerdina. E isto não é uma metáfora para tendências políticas. Já foi por mim dito, quase até à exaustão que politicos são todos iguais, que não precisam das mãos para nada, nem para levar a comida à boca. Podem morrer à vontade com os seus fetiches que nem cães esfomeados. Sejam eles dextros ou esquerdinos. Da direita ou da esquerda. Cá para mim, fetiches... não os tenho. Tenho é hábitos adquiridos, como qualquer pessoa tenho hábitos pessoais.
Os grandes homens fazem coisas que não passam pela cabeça de mais ninguém. Isso faz de nós diferentes. Temos certas peculiaridades. É isso que nos provoca este combustível inatingível. Partilhamo-lo com outros como nós e trocamos fluidos como máquinas complexas que somos. Somos o motor do Mundo... e batemos as nossas punhetas como mais nos convém. 

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