quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

(tomara ele dançar com um pé engessado)

Ela, cujos ossos se elevavam ao ritmo do Universo, dançava. Deu um trambolhão tal que pestanejou como que apercebendo-se do crânio e do cérebro. Ambos estavam no seu lugar. Ela esperava, ele ainda não a tinha vindo buscar.
Estava frio. Ela sentia-se húmida devido à chuva que tinha caído durante a tarde. Ainda não se tinha conseguido aquecer. Ele estava retido no trânsito, na hora de ponta. A água que tinha caído não ajudava. Havia estradas alagadas e valetas entupidas.
Ele atrasou-se muito, muito.
Ela pisgou-se, fez-se à estrada.

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