A Nova Ordem Mundial sentada a cavalo
a jogar dominó
de pernas cruzadas e a galope
encontra um elefante muito grande que a faz cair.
Das peças caídas ao chão brotam rebentos de soja
que os putos se apressam a roubar
e comer. Um pisa o pé do outro jovem amigo que lhe espeta uma facada nas costelas. Em pânico, o chavalo foge para junto da mãe que lhe entorna um tacho de sopa a ferver pela cara abaixo. Já não grita. Geme torcido no chão (aqui começar a ouvir música techno-punk).
Gera-se um tumulto ao redor das sementes de soja. Trocam-se cocktails molotov entre os transeuntes. Ao fundo, num bar rock, a esplanada está repleta de gente. Bebe-se coca-cola, vinho, dão-se tragos em cerveja . Alguns cheiram traços de coca mas ninguém parece reparar. X diz que ainda lhe sobra uma nota e que vai comprar haxe. G pergunta-lhe se pode ir com ela ao que prontamente X aceita. Dois coelhos de uma machadada. Droga e sexo. X está contente. Orienta uma placa, fode com G e manda-a para casa que hoje não está para aturar putas lésbicas. Fuma um charro e fica inquieta. Ainda não é hora de ir para casa. A mota, mal estacionada, é sempre uma boa forma de se fazer à estrada. Arranca rumo ao desconhecido, marcas de pneus no asfalto e desvia-se do fogo que ainda voa do motim anterior. É destas coisas que esta merda precisa, pensa. Quando dá por si chega a São Bento. Fodasse é agora que mando isto tudo para o caralho (acaba o techno-punk, há um crescendo no silêncio que habita aquela zona da cidade naquela hora, símbolo do interior de X. O silêncio é interrompido pelo som das buzinas da bófia e de luta) Afinal hoje é mais do mesmo diz para si própria. Já não se pode ter uma ideia que mais ninguém ainda não tenha tido. Deve ser isto a que chamam de pós-modernismo. As ideias sucedem-se repetidas. A cada repetição limar arestas, tornar a coisa mais limpa, menos interessante. Os leões de São bento rugem quando ninguém está a ver. Agora, que todos os olhos para lá se viram nem um som, nem um miau produzem. Já não se vê X nem os companheiros de luta desorganizados. Há demasiado tempo que deixamos grupos de pessoas em organizações nos dizerem o que precisar, o que comer, o que fazer, como nos gerir e como ser geridos. Está na hora de nos desorganizarmos. Um para cada lado. Que o Mundo é pequeno já sabemos. Por isso havemos sempre de nós encontrar. Avancemos sem medo de nos perder. Sem medos de perder, nada. NADA a perder.
a jogar dominó
de pernas cruzadas e a galope
encontra um elefante muito grande que a faz cair.
Das peças caídas ao chão brotam rebentos de soja
que os putos se apressam a roubar
e comer. Um pisa o pé do outro jovem amigo que lhe espeta uma facada nas costelas. Em pânico, o chavalo foge para junto da mãe que lhe entorna um tacho de sopa a ferver pela cara abaixo. Já não grita. Geme torcido no chão (aqui começar a ouvir música techno-punk).
Gera-se um tumulto ao redor das sementes de soja. Trocam-se cocktails molotov entre os transeuntes. Ao fundo, num bar rock, a esplanada está repleta de gente. Bebe-se coca-cola, vinho, dão-se tragos em cerveja . Alguns cheiram traços de coca mas ninguém parece reparar. X diz que ainda lhe sobra uma nota e que vai comprar haxe. G pergunta-lhe se pode ir com ela ao que prontamente X aceita. Dois coelhos de uma machadada. Droga e sexo. X está contente. Orienta uma placa, fode com G e manda-a para casa que hoje não está para aturar putas lésbicas. Fuma um charro e fica inquieta. Ainda não é hora de ir para casa. A mota, mal estacionada, é sempre uma boa forma de se fazer à estrada. Arranca rumo ao desconhecido, marcas de pneus no asfalto e desvia-se do fogo que ainda voa do motim anterior. É destas coisas que esta merda precisa, pensa. Quando dá por si chega a São Bento. Fodasse é agora que mando isto tudo para o caralho (acaba o techno-punk, há um crescendo no silêncio que habita aquela zona da cidade naquela hora, símbolo do interior de X. O silêncio é interrompido pelo som das buzinas da bófia e de luta) Afinal hoje é mais do mesmo diz para si própria. Já não se pode ter uma ideia que mais ninguém ainda não tenha tido. Deve ser isto a que chamam de pós-modernismo. As ideias sucedem-se repetidas. A cada repetição limar arestas, tornar a coisa mais limpa, menos interessante. Os leões de São bento rugem quando ninguém está a ver. Agora, que todos os olhos para lá se viram nem um som, nem um miau produzem. Já não se vê X nem os companheiros de luta desorganizados. Há demasiado tempo que deixamos grupos de pessoas em organizações nos dizerem o que precisar, o que comer, o que fazer, como nos gerir e como ser geridos. Está na hora de nos desorganizarmos. Um para cada lado. Que o Mundo é pequeno já sabemos. Por isso havemos sempre de nós encontrar. Avancemos sem medo de nos perder. Sem medos de perder, nada. NADA a perder.
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