segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O funeral do Lobo Antunes

Perguntou para quando a disposição de atletas livres à disposição de todos os talentos.

Acácias floridas pelo ímpeto da paixão atraem
abelhas em busca de mercadoria especializada.
No núcleo da sua colmeia
a rainha espera parada
o eclodir dos ovos procriados,
traficantes autómatos do
seu ventre,
escravos do poder.

Tento dormir.
(tento dormir) Mas o funeral do Lobo Antunes não me sai da cabeça e...
Apesar do Agosto iniciado há mais de uma quinzena
escrevia notas antiliberais,
pessimistas,
reação frustrada da

ignora acácias que desconhecem o mundo exterior ao seu vaso
homens grandes pesarosos,
vergas alinhadas sem fim
ejaculação precoce da minha vida,
preocupação com que adormeço
e, acordo com beatas possuídas pelo demo alteram
e conduzem o discurso do prior.

Eis que me acordam.
Meu pai que diz meu
nome é perfeito no seu todo. Dança a
música que tem que dança quando
gosta.
e minha mãe que acreditava no conceito desfeito que vivia de seu filho despede-se de mim minutos depois

                                                                        com rigor?
                                                                        trajados como antigamente?

irados no seu profundo erro.

convencida finalmente do
poder do seu útero em
criar pessoas que pensam
por si,

é melhor ficar já de sobreaviso que nada disto é irreal.
Pela boca morre o peixe, obrigado a ver,
bem-haja.

quando não se sabe pergunta-se,
      pode ser que tenhamos a felicidade da informação.

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